Após se ter sagrado Capital Verde Europeia 2026, em Valência, Guimarães vai partilhar essa conquista com a comunidade vimaranense. A apresentação pública decorrerá na quarta-feira, 18 de dezembro, às 18h30, no Grande Auditório Francisca Abreu do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), e pretende reforçar o orgulho e o entusiasmo pela conquista de um título de que todos fazem parte, e que reconhece o trabalho desenvolvido pelo município na sustentabilidade e inovação ambiental.

No evento, que contará com a intervenção inicial de Adelina Pinto, vereadora responsável pela candidatura a Capital Verde Europeia, será replicada a apresentação realizada em Valência durante a decisão final, um momento que será protagonizado por Isabel Loureiro, coordenadora da Estrutura de Missão Guimarães 2030, Carlos Ribeiro, diretor executivo do Laboratório da Paisagem, e Dalila Sepúlveda, diretora do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Guimarães. O encerramento ficará a cargo de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

Os bilhetes são gratuitos e estão disponíveis em todas as bilheteiras d’A Oficina, a partir desta terça-feira, 17 de dezembro, até à hora do início do evento. A entrega é limitada a dois bilhetes por pessoa, até à lotação completa da sala.

Capital Verde Europeia 2026 vem premiar uma década de trabalho convicto rumo à neutralidade climática

A prestigiada distinção de Capital Verde Europeia é atribuída, anualmente, pela Comissão Europeia, tratando-se da segunda vez que é atribuída a Portugal, após a distinção de Lisboa em 2020.

Esta é uma distinção que reconhece o trabalho na área ambiental e da ação climática das cidades, assim como a evolução de diversos indicadores ambientais. Na primeira fase, foram avaliados, por peritos internacionais, 7 indicadores ambientais, entre os quais: qualidade do ar; ruído; áreas verdes, biodiversidade e uso do solo; água; resíduos e economia circular, alterações climáticas – mitigação; alterações climáticas – adaptação; para as quais as cidades deverão apresentar a evolução ao longo dos últimos 10 anos, o estado da arte atual, assim como as metas e os projetos previstos para 2030 e 2050. Dessa avaliação, foram selecionadas 3 cidades para a segunda fase. Guimarães voltou a ser, tal como na última candidatura em 2023, uma das três cidades europeias selecionadas.

Na segunda fase, cada cidade finalista apresentou a um júri internacional, que juntou as principais instituições europeia (Comissão Europeia, Gabinete Europeu de Ambiente, Agência Europeia de Ambiente, Comité das Regiões, Rede EuroCities), e presidido pelo Diretor-Geral para o Ambiente da Comissão Europeia, Patrick Child, o trajeto/evolução ao longo dos últimos anos, o seu modelo de governança, assim como a sua estratégia de comunicação aos cidadãos, para os diversos indicadores, e o plano de comunicação para o ano de organização da Capital Verde Europeia, em caso de seleção.

O júri elegeu Guimarães como Capital Verde Europeia 2026, sucedendo a Valência (atual Capital Verde 2024) e Vilnius, Capital Verde Europeia 2025. Ao distinguir Guimarães, o júri elogiou o trabalho que Guimarães tem desenvolvido nos diversos indicadores, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos, enaltecendo a qualidade do ar, os progressos na gestão da água, e de resíduos, as ações na área da adaptação e mitigação às alterações climáticas, assim como a participação dos cidadãos.

Refira-se, ainda, que Guimarães é também uma 100 das cidades europeias selecionadas no âmbito da Missão Europeia das Cidades Neutras Climaticamente e Inteligentes, visando atingir a neutralidade climática até 2030. Em Portugal, apenas Guimarães, Porto e Lisboa são parte integrante desta missão.