
Westway 2025: o festival que vai para além da relação palco-audiência quer ser exemplo de sustentabilidade
Está fechado o cartaz da 12ª edição do festival de música emergente e da comunhão da indústria musical Westway, que decorre entre os dias 9 e 12 de abril de 2025 e transporta público, artistas e agentes para três grandes áreas ligadas ao setor: LAB (artistas-em-residência), o LIVE (concertos) e o MEETING (keynotes, conferências, pitching, networking e talks).
Na apresentação oficial do extenso programa do Westway 2025 marcaram presença o diretor artístico d'A Oficina, Rui Torrinha, o vereador do Município de Guimarães, Paulo Lopes Silva, e realizador e produtor Rodrigo Areias. Esta ambiciosa edição mostra uma nova relação da música com o cinema com convidados de luxo como o regressado realizador de Guimarães 2012, Aki Kaurismaki, o produtor de bandas sonoras Paulo Furtado, ou a visão radical do cineasta Edgar Pêra, todos eles com interessantes visões destes universos criativos.
Paulo Lopes Silva destacou o compromisso do festival com a sustentabilidade, realçando que este poderá ser um exemplo para outros eventos. O pacto de Lille, em assinado em 2023, para uma cultura de baixo carbono e mais inclusiva, foi uma das premissas para elencar este que é o princípio de uma responsabilidade de futuro e de todos. O vereador com a pasta da cultura reforçou o sentido de cidade de criação, tanto no cinema como na música.
Com cartaz fechado, Rui Torrinha acertou os últimos nomes do Westway 2025 com esta nova convocatória a incidir em Tó Trips, Lana Gasparotti, Máquina, JoeJas e a dupla Mira Quebec e Diogo Mendes. Ao todo serão 23 concertos a contar já com os resultados das residências artísticas que se iniciam no dia 1 de abril, no Centro de Criação de Candoso, entre fusões multiculturais e promovendo a ligação estilos artísticos distintos, numa festa musical coletiva de 11 nacionalidades. Na perspetiva mais comercial, Rui Torrinha aponta as várias horas que esta indústria terá com programadores e agentes do setor, entre conferências, keynotes, pitchings e também dois jantares com o intuito de promover o networking.
A relação da indústria musical será um dos pontos fortes desta 12ª edição do festival vimaranense, onde vai ser aperfeiçoada a ligação não só com a Europa, através da plataforma Why Portugal para a exportação de produtos musicais nacionais, mas também com os palcos e circuitos nacionais através da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP) a abrir portas a novas oportunidades de ligar a música local e internacional.
Numa edição marcada pelo encontro entre a música e o cinema, o realizador e produtor vimaranense Rodrigo Areias saudou esta versatilidade do festival que lhe trouxe uma outra visão sobre o financiamento nas artes. "Estive no Westway há uns anos e percebi a dinâmica e a dimensão do poder relacional com a internacionalização", acrescentando que "será neste espaço que se poderá arranjar contactos e redes para se inserir em qualquer projeto na área do cinema".