Ação Social em debate no Fórum Municipal "Guimarães 14|20"
A realização do penúltimo Fórum Municipal “Guimarães 14|20” permitiu reforçar a estratégia de promoção de desenvolvimento social do concelho vimaranense, reunindo contributos no âmbito da Ação Social tendo em vista a formalização de eventuais investimentos ao abrigo do novo quadro comunitário.
Ação Social em debate no Fórum Municipal "Guimarães 14|20"
A realização do penúltimo Fórum Municipal “Guimarães 14|20” permitiu reforçar a estratégia de promoção de desenvolvimento social do concelho vimaranense, reunindo contributos no âmbito da Ação Social tendo em vista a formalização de eventuais investimentos ao abrigo do novo quadro comunitário.
Realizada na Plataforma das Artes e da Criatividade, a reunião, moderada por Isabel Soares, Presidente da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, contribuiu para o esclarecimento de responsáveis ligados a instituições sociais em relação à identificação de projetos que possam dar resposta aos objetivos estipulados pelas organizações.
«O novo quadro comunitário dedica uma forte componente financeira para a área social. Nós, Câmara Municipal e entidades locais, temos que trabalhar numa plataforma colaborativa – o que não quer dizer que cada instituição não possa começar a apresentar a sua candidatura –, de modo a partilharmos valor», afirmou Domingos Bragança, Presidente da Autarquia.
Três dos cinco objetivos identificados na Estratégia Europa 2020 dizem respeito ao setor da Ação Social ou áreas a ela associadas, entre as quais, a necessidade de criar emprego para 75% da população no intervalo etário situado entre os 20 e os 64 anos, face à atual percentagem de 69%.
Além disso, recomenda-se a diminuição da taxa de abandono escolar precoce para 10% em contraponto com os 15% atuais. Ao mesmo tempo, o programa europeu pretende aumentar a percentagem de população mais jovem (entre 30-34 anos) com diploma de ensino superior, passando de 31% para 40% em 2020. Outro dos objetivos é proceder à redução dos níveis de pobreza na União Europeia em 25%, cerca de 20 milhões de pessoas.
«Convido a comunidade a adotar o conceito do café suspenso para ajudar os mais necessitados», sugeriu o Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, um dos oradores do Fórum Municipal “Guimarães 14|20”. A ideia, oriunda da cidade italiana de Nápoles, passa pela criação de uma «conta paga» de um género alimentar em qualquer estabelecimento, que possa ser usada no combate à «pobreza envergonhada» e aos mais carenciados para que possam usufruir dele gratuitamente. «A Igreja não é só religião, também tem papel social, de proximidade, de trabalho com pessoas e articulação com as instituições», referiu D. Jorge Ortiga.
O documento “Portugal 2020”, publicado em janeiro último, propõe três objetivos que estão alinhados com a estratégia europeia: melhor e mais educação, aumento do emprego e combate à pobreza e desigualdades sociais. Por seu turno, o Plano de Desenvolvimento Social de Guimarães apresenta várias orientações que se enquadram nestes objetivos, como são o caso da promoção da cidadania e dos direitos das crianças e jovens, qualificação das respostas sociais, melhoramento dos níveis de educação e emprego, entre outros.
«A ciência, o conhecimento e a cultura são elementos essenciais numa sociedade. Nós queremos fortalecer as plataformas colaborativas entre todas as instituições, criar coesão territorial, envolvendo também a comunidade educativa. Iremos intensificar o conjunto de novas respostas que a sociedade contemporânea exige e, por isso, é preciso operacionalizar, ter uma ideia sobre a realidade plural, pois o novo quadro comunitário vai colaborar na dimensão social», concluiu Domingos Bragança.