Na passada sexta-feira, 26 de setembro, foi apresentado junto à entrada das instalações da Taipas Turitermas o livro “Água, Arquitetura e Património Termal das Caldas das Taipas (1818-2025)”, da autoria do professor e investigador António José Oliveira. O evento integrou o programa comemorativo dos 40 anos da cooperativa e contou com a presença de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, de fundadores, familiares e membros da direção.

A sessão foi aberta por Sofia Ferreira, presidente da Taipas Turitermas, que destacou o caráter simbólico do momento para o termalismo local e para Guimarães. Recordou ainda os pioneiros que, em 1985, fundaram a cooperativa, “ousando acreditar num projeto por muitos considerado uma aventura”, e sublinhou o papel da instituição na preservação e valorização do legado termal e cultural da vila.

O autor da obra, António José Oliveira, salientou a importância das datas em celebração e explicou que o livro resulta de vários anos de investigação em arquivos nacionais, municipais e privados, reunindo cerca de 180 fotografias que retratam mais de dois séculos de história. Entre os episódios curiosos identificados, referiu regulamentos que separavam os horários de banho de homens e mulheres, a utilização do telégrafo durante a época balnear e a presença de figuras como Camilo Castelo Branco e Amadeo de Souza-Cardoso nas termas.

A monografia percorre o aproveitamento das águas mineromedicinais, a evolução arquitetónica dos edifícios termais e o impacto da estância no desenvolvimento hoteleiro e turístico das Caldas das Taipas, desde as primeiras construções camarárias em 1818 até à fundação da cooperativa em 1985. A publicação assinala, assim, simultaneamente os 40 anos da Taipas Turitermas e os 200 anos de história termal organizada na vila.