



Basílica de S. Pedro celebra 274 anos com exposição ao público da "Máquina do Relógio"
A recuperação do mecanismo e exposição ao público foi o momento alto das celebrações dos 274 anos da elevação da igreja a Basílica Maior.
A Basílica de S. Pedro, no Largo do Toural, assinalou a data com um momento especial: a recuperação do relógio carrilhão. Silenciado há anos, o mecanismo criado em 1938 está agora exposto ao público, após um meticuloso processo de restauro que exigiu paciência, precisão e um compromisso inabalável com a preservação do património.
Para devolver a vida ao relógio, foi necessário desmontar peça por peça, limpar, pintar e lubrificar. Mas o desafio revelou-se ainda maior quando se descobriu que as plataformas de acesso estavam em ruína, obrigando à instalação de andaimes e a um trabalho ainda mais demorado. No final, o esforço compensou. "Quem espera, desespera, mas quem espera, sempre alcança", disse o pároco José Silvino, destacando o papel essencial de José Arantes, da Irmandade de S. Pedro, na concretização do projeto.
"O património tem de perdurar", reforçou José Arantes. "O que fizemos aqui não é só para nós, mas para as gerações futuras. Acredito que este relógio agora resistirá por mais 170 anos."
A cerimónia contou com a presença de Paula Oliveira, vereadora da Câmara Municipal de Guimarães, e de Ricardo Araújo, vereador e deputado na Assembleia da República, tendo terminado com um concerto-oração do padre jesuíta Duarte Rosado, num ambiente de reflexão e celebração. E assim, com os ponteiros de volta ao seu ritmo e as badaladas a ecoar pela cidade, a Basílica de S. Pedro reafirma-se como um marco do tempo e da identidade de Guimarães.