O Município de Guimarães formalizou esta terça-feira, 22 de julho, a adesão à “Plataforma Noroeste Global”, uma rede de cooperação entre autarquias, universidades e empresas para transformar a macrorregião do Noroeste numa marca em termos internacionais, tendo competências na área dos projetos de investigação, investimento e comunicação.

A sessão de apresentação pública desta Plataforma, que pretende criar novas dinâmicas empresariais através da realização de parcerias com as universidades, decorreu no Porto numa iniciativa promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, à qual se juntaram os Municípios de Guimarães, Braga, Porto e Aveiro e as Universidades do Minho, de Aveiro, do Porto e o Centro Regional do Porto da Universidade Católica, além da COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação.

Esta dezena de entidades acordaram constituir entre si uma estrutura de cooperação designada “Plataforma de Cooperação Noroeste Global”, com a finalidade e missão de afirmar o valor estratégico da macrorregião do Noroeste para a economia nacional, aumentando a sua capacidade de inovação e de internacionalização, através da criação de um ecossistema que promova sinergias entre as comunidades de conhecimento alinhadas com as prioridades e os modelos da especialização inteligente.

«Guimarães tem a História da Fundação do País, mas também temos uma história de cultura e de conhecimento. É através desta história que vivemos o presente e fazemos a nossa análise prospetiva para o futuro», afirmou Domingos Bragança, Presidente do Município, na sessão solene de apresentação do protocolo, presidida por Artur Santos Silva, no Círculo Universitário do Porto.

«Nós estamos já a fazer a transferência de conhecimento para as nossas empresas, em parceria com a Universidade do Minho. Guimarães assume o compromisso, através desta Plataforma do Noroeste Global, de total disponibilidade, empenhamento e envolvência em reforçar o ecossistema da inovação. Acreditamos que, envolvendo todos, constituirá um exemplo de cooperação para a competitividade desta macrorregião», considerou ainda Domingos Bragança, citando exemplos concretos:

«Deste ecossistema de inovação tem já beneficiado, entre outras, a nossa indústria têxtil, calçado e de cutelarias, apresentando produtos de referência e dos melhores que há no Mundo! Há uns anos, muitos vaticinaram o seu fim, porque não pensaram que estes empresários e empresas soubessem absorver o conhecimento da nossa Universidade, Centros de Investigação e Desenvolvimento. Hoje, são exemplo nacional e internacional, depois de absorverem conhecimento em centros de saber», complementou o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

Um em cada três portugueses vive no Noroeste do país, o que representa 36% da população nacional. Ao mesmo tempo, esta parceria institucional, que abrange as sub-regiões Minho-Lima, Cávado, Ave, Grande Porto, Tâmega, Entre Douro e Vouga, e Baixo Vouga e onde vivem 3,7 milhões de habitantes, terá maior capacidade de mobilizar e de utilizar fundos comunitários previstos no âmbito do próximo quadro, especificamente, os que estão disponíveis, em regime aberto, a todos os Países da União Europeia.