



Quarto volume da "Guimarães C Visível" mostra resultados das intervenções artísticas e sociais no quadrante vimaranense
Crescimento do Bairro C revela-se também com a abrangência das novas perspetivas de futuro, com os projetos da Loja do Cidadão, da Escola Hotel do IPCA, do Guimarães Space Hub.
Inauguração do novo mural alusivo a Couros e apresentação da nova revista "C Visível" foram alguns dos momentos mais marcantes deste último sábado, que contou ainda com um debate sobre o futuro no Bairro C e atividades artísticas que se prolongam no dia seguinte.
Há um novo olhar sobre o Bairro C, um projeto-piloto que nasceu com um propósito, e que poderia ser efémero, mas que a comunidade abraçou e elevou para um sentido de pertença, resultando em esforços para que este continue a ser um bairro vivo, dinâmico e sob um futuro ambientalmente sustentável. Paulo Lopes Silva, vereador do Município de Guimarães, evidencia o desenvolvimento em comunidade, destacando a apropriação da "marca" pelas entidades e pelas pessoas que ali moram, trabalham e usufruem.
O crescimento do Bairro C revela-se também com a abrangência das novas perspetivas de futuro, com os projetos da Loja do Cidadão, da Escola Hotel do IPCA, do Guimarães Space Hub, mas também do presente com a reabertura dos Fornos da Cruz de Pedra com ateliers abertos à comunidade ou com a programação regular do CAAA que faz projetar o bairro para fora do concelho como epicentro do "distrito musical", como afirmou o arquiteto e programador, Ricardo Areias.
E há um outro "C" em prática; o do carbono zero. Dalila Sepulveda, coordenadora do projeto que pretende tornar o Bairro C num laboratório vivo de boas práticas ambientais, na procura de soluções para a sua descarbonização e assim tornar-se num exemplo para todo o planeta, defendeu existirem "soluções fáceis de colocar em prática num ambiente pequeno como a sensibilização ou a implementação de um projeto como o de utilizar veículos elétricos a distribuir alimentos a restaurantes e a moradores deste bairro a partir do Mercado Municipal", frisou.
Na conversa final do programa que cruzou o "C" com o Bairro 1128, acompanhado por dezenas de propostas artísticas em espaço público na praça que faz a sua ligação destes locais, Susana Milão, responsável pela Bienal de Arte Têxtil Contemporânea Contextile 2024, evidenciou a disponibilidade das pessoas e das entidades em participar ativamente em projetos comunitários, ao mesmo tempo que se constrói um lugar apetecível para viver ou trabalhar.
A nova edição da "Guimarães C Visível" está disponível para consulta e levantamento em vários espaços públicos da cidade e conta com colaborações de Rui Horta, Pedro Arezes, Tom Fleming, Mohan Munasingh, Will Wynn, Susana Milão, Pedro Bastos, César Machado, Isabel Loureiro, Ricardo Rodrigues, entre outros.