Guimarães celebra a memória viva de Afonso Henriques nos 840 anos da sua morte
Guimarães assinalou, este sábado, dia 06 de dezembro, os 840 anos da morte de D. Afonso Henriques, rei fundador de Portugal e patrono do Exército Português, numa homenagem que reuniu autoridades civis, militares e representantes de diversas instituições vimaranenses. Perante a estátua do primeiro rei, em frente ao Paço dos Duques de Bragança, o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Araújo, rendeu homenagem, depositou uma coroa de flores e sublinhou “a responsabilidade cívica de estar à altura do legado que nasceu em Guimarães e moldou a identidade nacional”.
A cerimónia, promovida pela Associação de Veteranos Lanceiros de Portugal, com a colaboração da Grã Ordem Afonsina, integrou uma deposição de coroas de flores junto à estátua de D. Afonso Henriques e uma guarda de honra, seguindo-se momentos de evocação histórica e discursos protocolares nos claustros do Convento de Santo António dos Capuchos. Um dos instantes mais marcantes foi a entrega da Medalha de Campanha à viúva de um vimaranense falecido no Ultramar, gesto que o Presidente do Município, Ricardo Araújo, qualificou como “um testemunho de que Guimarães não esquece os seus e honra o sacrifício de quem serviu Portugal”.
No seu discurso, Ricardo Araújo exaltou a figura do Rei Fundador como “símbolo de génio político, coragem militar e determinação inabalável”, lembrando que foi a partir de Guimarães que Afonso Henriques projetou Portugal “para além do seu tempo, pela inteligência estratégica, pela liderança e pela fé no futuro”. O presidente do Município enalteceu ainda o papel do Exército Português, “herdeiro direto da coragem afonsina”, destacando o profissionalismo dos militares que diariamente defendem a soberania e a segurança das populações, no país e em missões internacionais.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães destacou também a importância do trabalho desenvolvido pelo Museu Militar - Casa do Lanceiro, instalado no Convento de Santo António dos Capuchos, classificando-o como “um caso único no país” pela preservação de memórias, valores e páginas vivas da história militar portuguesa.
Ricardo Araújo encerrou a sua intervenção assegurando que o Município de Guimarães está a trabalhar e fortemente empenhado em celebrar os 900 anos da Batalha de S. Mamede com grande destaque nacional enquanto "momento fundador da nossa nacionalidade". O autarca concluiu a celebração dos 840 anos da morte de D. Afonso Henriques, que simbolizam também a fundação da nação e a coragem militar, formulando o desejo de que seja mais do que um ritual: “Que seja um compromisso renovado com a coragem, o serviço, a lealdade e a fidelidade às nossas raízes, os valores que constituem a alma vimaranense e que continuam a definir Portugal”.
A homenagem prosseguiu ao longo do dia, culminando com a missa celebrada pelo Arcebispo Emérito de Braga, D. Jorge Ortiga, na Igreja do Carmo, em sufrágio de D. Afonso Henriques.
