
Guimarães organiza novo festival dedicado à música e artes criativas
Residências artísticas, showcases, concertos, workshops, masterclasses e talks decorrem em vários locais da cidade de 01 a 19 de abril. Faz tudo parte do "WestWay Lab", um novo festival que nasce em Guimarães.
Entre os próximos dias 01 e 19 de abril, Guimarães irá acolher o WestWay Lab Festival, um festival que promete agitar a cena musical vimaranense, fazendo de Guimarães um centro do mundo criativo e pretendendo colocar a cidade (e Portugal) no circuito dos grandes eventos internacionais da indústria da música.
Dono de um formato inovador, original e distinto, o WestWay Lab Festival é uma plataforma colaborativa, um laboratório vivo e orgânico, de experimentação e estímulo à criatividade que pretende reunir, numa mesma cidade, artistas consagrados e emergentes, internacionais e nacionais, inovadores e puristas, durante duas semanas de criação musical, de vídeo, intervenção urbana, arquitetura e pensamento por via do desenvolvimento de atividades como residências artísticas, oficinas criativas, showcases, concertos, workshops, masterclasses e talks.
Para dar resposta a esta intenção, e no sentido de desenvolver um projeto consistente e produtor de novos conteúdos criativos, o evento foi organizado em três momentos distintos, mas interligados: WSTWY 1.0 (01 a 19 de abril), com três semanas de criação intensiva em residência com apresentação de resultados em formato showcase, concertos, talks, criação de vídeo e todo um programa dedicado ao conhecimento; WSTWY 2.0 (09, 10 e 11 de maio e 13, 14 e 15 de junho), uma extensão destas atividades no sentido de fomentar uma nova classe criativa na região, com ações de formação, informação, sensibilização e educação criativa; WSTWY 3.0 (04 e 05 de julho), dedicado à fruição por todos os públicos dos resultados de todo o trabalho desenvolvido, consubstanciando-se numa grande mostra cultural, com apresentação de novas produções e cruzamentos artísticos.
Desta forma, mais de 16 artistas regionais, nacionais e internacionais vão estar em trabalho no Centro de Criação de Candoso ao longo de todo o período do festival. Aqui surgirão oito cruzamentos, com direito a diálogos, arte e interculturalidade, constituindo oito formações musicais que, após estas duas semanas em residência, apresentarão o resultado do trabalho desenvolvido. Hermigervill, Ghost Capsules, Cairo Liberation Front, Guillermo de Llera, Coldair, The Weatherman são alguns dos nomes dos participantes. No âmbito destas residências serão promovidos workshops, ações de formação, visitas aos bastidores e espaços de diálogo (talks) com os artistas, criando-se elementos de aproximação entre os produtos gerados e o público.
No Centro Histórico de Guimarães, os finais das tardes de 10, 11, 17 e 18 de abril (quintas e sextas-feiras) convidam à conversa (talks), em ambientes informais, juntando os artistas com a comunidade local. Todos os artistas em residência serão convidados a partilhar a sua experiência de integração neste projeto de criação em contexto, num ambiente informal, de contaminação da cidade, com conversas abertas, em diferentes locais, como cafés, bares e associações do centro histórico, sempre às 18h00, antecedendo o showcase da noite.
Nova praça no bairro de Couros
Com esta ação pretende-se integrar e aproximar os artistas residentes na cidade com o seu público, permitindo um melhor entendimento, descodificação e valorização das práticas do processo criativo. Este momento constituirá em si mesmo o reforço do convite à participação do público no momento seguinte: os showcases na praça de Couros. Assim, nestes mesmos dias, o renovado Bairro de Couros terá uma nova praça, um novo palco, uma sala de estar, uma mostra do trabalho desenvolvido em contexto, onde serão apresentados todos os projetos criados, sempre às 22h00. O cenário será o resultado do concurso já lançado, de interpretação e intervenção efémera naquela zona, possibilitando interação e cruzamentos disciplinares pela diversidade dos resultados que se pretendem atingir.
As manhãs das sextas-feiras (11 e 18 de abril) são reservadas a momentos de Networking, tendo como ponto de encontro a sala de conferências da Plataforma das Artes e da Criatividade (PAC), espaço que acolherá todos os músicos e participantes do WestWay Lab Festival, bem como responsáveis pelas redes e estruturas internacionais estratégicas, para conhecimento da cidade, do programa e seu potencial, com o objetivo de criar rede de contactos assim como dar início à integração na indústria internacional, de forma a potenciar e colocar em novos mercados, artistas emergentes identificados no decorrer deste grande evento. Tommy Darker trará os seus aclamados “Darker Music Talks”, pela primeira vez a Portugal, ajudando músicos e artistas a tornarem-se “musicpreneurs”. Por seu turno, a AMAEI – Associação de Músicos Artistas e Editores Independentes convidará alguém muito especial, Charlie Phillips, da World Independent Network. Ambas as sessões de Networking têm início marcado para as 10h00.
Também no mesmo local, os sábados (12 e 19 de abril) serão dedicados, inteiramente, ao conhecimento. Debates, workshops e keynote speeches, entre as 10h00 e as 17h30, servirão de ponto de partida para a criação de plataformas de reflexão sobre o papel da tecnologia, novos media e da criatividade no desenvolvimento económico e social dos lugares, com os contributos de personalidades como Robert Singerman, Mark Frieser (Sync Summit), Sérgio Pimentel (BigSync), Connie Farr (Think Sync) ou o grande Peter Jenner (manager de Pink Floyd, The Clash, Ian Dury e Billy Bragg, entre muitos outros), numa reflexão à volta da era do “streaming”.
Os sábados à noite serão preenchidos por quatro concertos. No dia 12, os peixe : avião, banda que se encontra na corrida para o prémio europeu IMPALA, protagonizam o primeiro concerto do WestWay Lab Festival, às 22h00, na Black Box da PAC. Mais tarde, à meia-noite, o rapper esloveno N’toko ruma até ao Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor com a mala cheia de músicas novas provindas do seu recente “Mind Business”, álbum lançado no final de 2013.
No sábado seguinte (19 de abril), último dia deste primeiro momento do WestWay Lab Festival, os Clã rumam ao Grande Auditório do CCVF para apresentar o novo disco da banda, “Corrente”. É o regresso dos Clã aos palcos, seu elemento natural, onde sabemos que iremos encontrar o rigor, a irreverência e a energia desta banda, reconhecida pela excelência das suas apresentações ao vivo. Mas é também o regresso dos Clã com novas canções, feitas em colaboração com os seus cúmplices Carlos Tê, Sérgio Godinho, Arnaldo Antunes, Regina Guimarães e John Ulhoa e ainda com os novos parceiros, Nuno Prata e Samuel Úria. Neste novo trabalho, os Clã voltam a mostrar o seu enorme prazer na construção de canções e o desejo de explorar novos caminhos e sonoridades. A encerrar o primeiro momento do WestWay Lab Festival, Nástio Mosquito revela o seu álbum de estreia, “Se Eu Fosse Angolano”, no Café Concerto, também no CCVF.
Todas as atividades do festival são de entrada livre à exceção dos concertos de peixe : avião (7,5 ou 5 euros c/desconto), N’toko (3 euros), Clã (10 ou 7,5 euros c/desconto) e Nástio Mosquito (3 euros), podendo os bilhetes ser adquiridos nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor e da Plataforma das Artes e da Criatividade, bem como em www.ccvf.pt, lojas Fnac, El Corte Inglés, Worten, entre outros locais.