O Município de Guimarães apresentou, esta quinta-feira, 12 de junho, a sua nova imagem institucional inspirada na identidade da Capital Europeia da Cultura, adotando a sua simbologia e capitalizando o legado emocional desenvolvido ao longo do evento, numa criação tipográfica que concentra num coração o amor que os vimaranenses têm pela sua história, com referências gráficas às ameias do Castelo e ao Elmo de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal.

A utilização do símbolo, que entrará em vigor aquando da comunicação de iniciativas relacionadas com as comemorações solenes do “24 de junho – Dia Um de Portugal”, assinala o início de um outro ciclo, «sem romper com o passado, para que a apropriação ocorra naturalmente e sem atrito», refere João Campos, autor do logótipo da Capital Europeia da Cultura e responsável pelo “restyling” da imagem corporativa da marca.

Assumindo versões dinâmicas, o novo símbolo oficial tem como desígnio promover a personalização e a apropriação dos vimaranenses, tal como se verificou na identidade da CEC 2012, sendo que as variações gráficas estão divididas em três áreas: aplicação institucional, comunicação e apropriação popular. A família tipográfica escolhida pretende distanciar-se da tipografia da CEC, reforçando não só o cariz institucional da identidade como a intemporalidade desejada.

«Esta nova identidade vai ter uma boa aceitação. Além de ter muita força e muita cor, está no coração dos vimaranenses e, apesar de ser uma nova imagem, não anulará em definitivo o brasão e o logótipo que representa uma muralha. Não iremos desistir das outras marcas; será um processo gradativo, cujo maior destaque terá, a partir de agora, esta nova imagem», afirmou Domingos Bragança, Presidente do Município.

Presente na sessão de apresentação da “Marca Guimarães”, que decorreu antes da realização da reunião quinzenal do Executivo Municipal, o designer João Campos explicou como desenvolveu uma nova marca para Guimarães, tendo em conta a herança deixada pela identidade visual da Capital Europeia da Cultura. «Esta é uma nova narrativa conceptual e a utilização do símbolo a negativo enfatiza a nova etapa», justificou.

João Campos é licenciado em Design pela Universidade de Aveiro, pós-graduado em Marketing e Gestão de Marcas pelo ISCTE / Business School, universidade onde frequentou ainda o mestrado em Marketing. Como designer, colaborou com a Companhia Nacional de Bailado, foi responsável pela identidade e comunicação gráfica do Festival ao Largo (2010 e 2011) e desenvolveu a identidade visual de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, do Teatro Camões, entre outros projetos.